terça-feira, 5 de abril de 2016

Perrengues de carnaval. Balneário do Angico.São Pedro do Sul.RS. Idos dos anos 2000.

Talvez dai um pouco de meu trauma de carnaval. Nunca consegui gostar na verdade, e atualmente detesto. Mas vamos a história. Devia ter lá meus 20 e poucos anos. E eu mais dois amigos de faculdade decidimos acampar no carnaval, no Balneário do Angico, na cidade de São Pedro do Sul, RS. OK. Comprei uma barraquinha Iglu, no Big, malas arrumadas, e no sábado, se fomos. Eu, meus dois amigos, o Socó, e o Leitão, e meu pai, nos levando, em seu velho Scort. Chegando o camping estava completamente lotado, não havia um espacinho, para estrearmos a barraca. Até que com muita insistência, avistamos um patio de uma casa, e imploramos para o casal de idosos, deixar armarmos a barraca ali. E não iriamos incomodar. No aceite do casal, aquela alegria, iria iniciar o acampamento, mas como alegria de pobre dura pouco, quando fomos pegar a barraca no porta-malas do carro, cadê? Tinha esquecido a barraca em casa. E agora? Meu pai até se prontificou a ir buscar, mas o carro não ligava. Bah! E se foi meu pai, a cata de um mecânico. Liguei pra casa e falei da situação, e minha vó, Ariete, com lá seus 70 anos na época. Se prontificou a trazer a barraca DE ONIBUS, pra nós (1 hora de viagem). Isso que é parceria. Minha vó, adorava uma fuzarca, aos 70 ainda andava a cavalo, passava seis meses do ano viajando, com uma jovialidade de dar inveja. E lá se veio a velinha de ônibus com a barraca. Passou umas horas, e o pai conseguiu o carro, e vai buscar a vó, na rodoviária de São Pedro. E chega ela com aquele sorriso. Nos abraçamos, e pegamos a barraca. E começamos a montar, naquela felicidade. E qual a nossa surpresa, novamente, quando ao abrirmos a caixa, percebemos que veio só a lona da barraca, e as varas não. Venderam a barraca, sem a armação. Poxa vida! Parecia brincadeira. E com aquele bom animo, e falta total de noção que só a juventude nos da. Penduramos aquele lona em duas arvores, no patio de nossos anfitriões, e com aquele troço parecendo um paraquedas, minha vó e meu pai, nos deixaram para as folias de momo. Nos advertindo para termos juízo, mas depois disso tudo, eles ainda acreditavam que tínhamos algum juízo? Bom só aí, já tava feito o carnaval. De resto é dizer que o Leitão, se enfezou sei la porque, e ficou dormindo na barraca, e não saiu a noite; que o Socó, inventou de ficar com a guria de um carinha de um dos bloco do Balneário, e eu enchi a cara e acabei indo vomitar perto da barraca de madrugada. E a ultima pá de cal foi quando o Socó, se enfiou correndo pra dentro da barraca, dizendo que os amigos do namorado da menina, estavam perseguindo ele. Só vimos aqueles vultos passando do lado da barraca, perguntando. Cadê ele. É depois de tudo isso, só faltava apanhar mesmo. E tem gente que não entende porque eu não gosto de Carnaval.